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Uma chance para o Brasil

01/06/2019

A proposta em estudos no governo Bolsonaro para a abertura do mercado financeiro no Brasil representa uma esperança de que, finalmente, os bancos possam ter de enfrentar concorrência, essência do capitalismo.

 

Afinal, não é só o gigantesco déficit dos governos (federal, estaduais e municipais), que impede a retomada do crescimento: os juros e taxas abusivos cobrados pelos bancos têm contribuído de maneira perversa para a destruição de empresas e empregos no país.

 

Ao longo dos anos o sistema financeiro se acostumou a ganhar bilhões no Brasil e, valendo-se de bons advogados e brechas na legislação, sequer pagava os impostos correspondentes. Apenas cinco bancos controlam o mercado e dele fazem o que querem. O ministro da economia, Paulo Guedes, chegou a afirmar, recentemente, que dois gigantes do sistema bancário brasileiro – pasmem – pegavam recursos do BNDES a juros camaradas, enquanto milhões de cidadãos – trabalhadores e empresários pagavam e continuam pagando taxas e juros abusivos.

 

Não existe país no chamado mundo civilizado onde bancos ganham tanto dinheiro de maneira sórdida como fazem no Brasil. Cobrar juros de 300% ao ano, quando a inflação está em 4%, é crime de lesa-pátria. O mais inacreditável é que parlamentares, governantes e até o STF não tenham agido para acabar com esse massacre promovido pelos bancos contra o povo brasileiro.

 

Em meio a lagostas e vinhos premiados, os senhores ministros do STF têm tempo de julgar se o cidadão pode ou não levar sua própria pipoca ao cinema, mas não acham tempo ou consideram relevante acabar com a atividade criminosa dos banqueiros, que fecham empresas e jogam milhões na tortura do desemprego.

 

Nesse contexto, acabar com a farra dos bancos será um passo importante para começar a mudar o Brasil.