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A conta para os mesmos, como sempre

06/07/2019

Boa parte da população brasileira já se conscientizou de que a reforma da Previdência é fundamental para o país. Mas só os inocentes ou mal-intencionados podem acreditar na lorota de que as mudanças que estão sendo debatidas no Congresso vão acabar com privilégios. Não vão e o tempo dirá.

Infelizmente, para os brasileiros, muitos deputados e senadores só se preocupam com os grupos políticos que representam e não estão nem aí para os cidadãos que os elegeram. Vão cortar pesado a pensão da pobre viúva, mas não vão fazer o mesmo com os benefícios da elite do funcionalismo – muitos dos quais recebem e vão continuar recebendo mais de R$ 30 mil por mês.

O Brasil hoje é refém da elite do funcionalismo que patrocina um lobby poderoso no Congresso. E não há força humana capaz de acabar com privilégios que são uma afronta ao cidadão comum.

As coisas vão mal no Brasil porque nossa elite empresarial e política se uniu para fazer do Estado um mero instrumento de seus objetivos e o caminho mais fácil para ampliar suas riquezas. Não temos estadistas. Pelo contrário, o que está acontecendo é um rodízio de populistas – de esquerda e de direita -, que vão iludindo o povo com as mentiras de sempre.

Não resta dúvida de que com o avanço da medicina e de mudanças de hábitos, as pessoas estão vivendo mais e que, portanto, as regras da Previdência devem mudar com o tempo. Do contrário, o sistema quebra.
Mas quando o próprio presidente da República passa a defender privilégios para uma determinada categoria, fica claro que a mudança será mais do mesmo.

De fato, para nossa elite política, a dona Maria, que recebe uma pensão de pouco mais de um salário mínimo, é a grande responsável pela crise da Previdência…
 

 

 

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados