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Mitos e verdades sobre o rim

20/07/2019

Cerca de 850 milhões de pessoas no mundo tenham doenças renais, que podem acometer pessoas de qualquer idade ou sexo. As patologias mais comuns são cálculos renais (pedra nos rins); infecção renal ou pielonefrite; cistos renais; tumores ou câncer de rim e, em casos mais avançados e graves, a insuficiência renal. Assim, é fundamental ter informações corretas para realizar a prevenção, diagnósticos e tratamentos adequados. Presidente da Fundação Pró-Rim, o nefrologista Marcos Alexandre Vieira, ajuda a esclarecer o assunto:

 

A cor da urina pode indicar problema nos rins.
VERDADE –
A mudança de cor, volume ou odor podem indicar alguns sinais de alerta. A normal é amarela clara. Laranja pode indicar falta de água ou pigmentos de comida. Se persistir, pode ser problemas de fígado ou na vesícula. Já a vermelha, se persistente, pode indicar problemas no fígado, rim, próstata, infecção ou ainda um tumor. Cor castanha ou marrom, problemas de desidratação severa. O consumo de alguns alimentos (como a beterraba, por exemplo), corantes e até a quantidade de água ingerida podem interferir na coloração da urina. 

 

Quanto maior a ingestão de água, melhor
MITO –
Existe uma quantidade certa de ingestão de líquidos e isso depende de pessoa para pessoa, o que varia de acordo com peso. O recomendado é ingerir em cerca de 35 mililitros (ml) por quilo (kg). Exemplo: uma pessoa com 70kg deve beber em torno de 2.450ml de água por dia. Para pessoas que apresentam doença renal crônica devem seguir orientação médica.

 

Alimentação equilibrada contribui para a saúde renal
VERDADE –
As refeições devem sempre ter vegetais, fibras, vitaminas e alimentos integrais. O consumo de molhos gordurosos e frituras pode resultar no aparecimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que em longo prazo, pode levar a uma doença renal. Recomendável evitar o alimentos refinados como farinha branca e doces e moderar a quantidade de sal.

 

Hipertensão, obesidade e diabetes aumentam o risco de doença renal
VERDADE –
Essas doenças são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica. 

 

Homens estão livres das infecções do trato urinário
MITO –
Infecções urinárias são dez vezes mais frequentes nas mulheres, por uma questão anatômica, mas também ocorrem também entre os homens. 

 

Chá de quebra-pedra combate pedras nos rins
MITO –
Embora seja um fitoterápico, não há embasamento científico que comprove isso.

 

Excesso de sódio pode provocar cálculo renal
VERDADE –
Sal, de alimentos embutidos, refrigerantes e outros que contenham alto teor de sódio podem favorecer o aparecimento do cálculo renal. O sódio em excesso pode fazer com que a excreção de cálcio na urina resulte no acúmulo de pequenos cristais nos rins. 

 

Consumir vitamina C em excesso aumenta a probabilidade de cálculo renal
VERDADE –
Ao ser metabolizada pelo fígado, produz oxalato de cálcio, o que pode levar ao surgimento de pedra no rim.

 

Quem tem cálculo renal não deve consumir leite
MITO –
Não é recomendando diminuir a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como o leite, visando evitar a formação de cálculos. Reduzir ou aumentar a ingestão de cálcio pode causar desequilíbrio entre esses elementos, aumentando ainda mais o risco de formação desses cálculos.

 

Ir muitas vezes ao banheiro durante a noite, pode ser um sinal de doença renal
VERDADE –
Além deste, outros sintomas são urina espumosa ou com presença de sangue; inchaços no corpo; dores nas costas, perda de apetite, náuseas e vômitos.