Cerca de 850 milhões de pessoas no mundo tenham doenças renais, que podem acometer pessoas de qualquer idade ou sexo. As patologias mais comuns são cálculos renais (pedra nos rins); infecção renal ou pielonefrite; cistos renais; tumores ou câncer de rim e, em casos mais avançados e graves, a insuficiência renal. Assim, é fundamental ter informações corretas para realizar a prevenção, diagnósticos e tratamentos adequados. Presidente da Fundação Pró-Rim, o nefrologista Marcos Alexandre Vieira, ajuda a esclarecer o assunto:
A cor da urina pode indicar problema nos rins.
VERDADE – A mudança de cor, volume ou odor podem indicar alguns sinais de alerta. A normal é amarela clara. Laranja pode indicar falta de água ou pigmentos de comida. Se persistir, pode ser problemas de fígado ou na vesícula. Já a vermelha, se persistente, pode indicar problemas no fígado, rim, próstata, infecção ou ainda um tumor. Cor castanha ou marrom, problemas de desidratação severa. O consumo de alguns alimentos (como a beterraba, por exemplo), corantes e até a quantidade de água ingerida podem interferir na coloração da urina.
Quanto maior a ingestão de água, melhor
MITO – Existe uma quantidade certa de ingestão de líquidos e isso depende de pessoa para pessoa, o que varia de acordo com peso. O recomendado é ingerir em cerca de 35 mililitros (ml) por quilo (kg). Exemplo: uma pessoa com 70kg deve beber em torno de 2.450ml de água por dia. Para pessoas que apresentam doença renal crônica devem seguir orientação médica.
Alimentação equilibrada contribui para a saúde renal
VERDADE – As refeições devem sempre ter vegetais, fibras, vitaminas e alimentos integrais. O consumo de molhos gordurosos e frituras pode resultar no aparecimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, que em longo prazo, pode levar a uma doença renal. Recomendável evitar o alimentos refinados como farinha branca e doces e moderar a quantidade de sal.
Hipertensão, obesidade e diabetes aumentam o risco de doença renal
VERDADE – Essas doenças são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença renal crônica.
Homens estão livres das infecções do trato urinário
MITO – Infecções urinárias são dez vezes mais frequentes nas mulheres, por uma questão anatômica, mas também ocorrem também entre os homens.
Chá de quebra-pedra combate pedras nos rins
MITO – Embora seja um fitoterápico, não há embasamento científico que comprove isso.
Excesso de sódio pode provocar cálculo renal
VERDADE – Sal, de alimentos embutidos, refrigerantes e outros que contenham alto teor de sódio podem favorecer o aparecimento do cálculo renal. O sódio em excesso pode fazer com que a excreção de cálcio na urina resulte no acúmulo de pequenos cristais nos rins.
Consumir vitamina C em excesso aumenta a probabilidade de cálculo renal
VERDADE – Ao ser metabolizada pelo fígado, produz oxalato de cálcio, o que pode levar ao surgimento de pedra no rim.
Quem tem cálculo renal não deve consumir leite
MITO – Não é recomendando diminuir a ingestão de alimentos ricos em cálcio, como o leite, visando evitar a formação de cálculos. Reduzir ou aumentar a ingestão de cálcio pode causar desequilíbrio entre esses elementos, aumentando ainda mais o risco de formação desses cálculos.
Ir muitas vezes ao banheiro durante a noite, pode ser um sinal de doença renal
VERDADE – Além deste, outros sintomas são urina espumosa ou com presença de sangue; inchaços no corpo; dores nas costas, perda de apetite, náuseas e vômitos.