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Toffoli libera geral para o crime organizado

20/07/2019

Ao proferir uma decisão para beneficiar o filho 02 do presidente Jair Bolsonaro, Flávio, o ministro do STF Dias Toffoli na prática deu um “liberou geral” para o crime organizado no Brasil. 

 

A pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro, Toffo­li determinou a suspensão de investigações criminais que usem dados detalhados de órgãos de controle (Coaf, Receita Federal e Banco Central) sem autorização judicial.

 

Toffoli deve ter pensado que ia “pegar mal” suspender apenas as investigações com dados do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que têm como alvo Flávio e Fabrício “Laranja” Queiroz. Então, teve a “genial” ideia de dar repercussão geral à decisão, e mandou frear TODAS as investigações, no Brasil inteiro. São mais de 6 mil casos, envolvendo narcotráfico, contrabando, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, corrupção… 

 

O crime organizado agradece!

 

Perplexidade total
Em sua decisão, Dias Toffoli demonstrou desconhecer a razão de existência do Coaf: identificar movimentações financeiras atípicas e comunicar aos órgãos competentes para que a situação seja passada a limpo. É assim em qualquer país sério do mundo. 

 

A medida causa mais perplexidade ainda porque já havia uma decisão do próprio Supremo, dada em fevereiro de 2018, permitindo que o Ministério Público coletasse informações do Coaf para abertura de investigações sem prévia autorização judicial. E não foi uma decisão monocrática (de um só ministro) mas colegiada, da Primeira Turma do STF.

 

Totó Tur
Desde que assumiu a Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli fez 73 voos em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), para destinos como o paradisíaco arquipélago de Fernando de Noronha e a aprazível capital argentina, Buenos Aires.

 

Sua antecessora, Carmen Lúcia, no mesmo perído no cargo, fez menos da metade disso: 30.

 

Ao usar a frota da FAB, Toffoli deixa de viajar em voos comerciais e dribla protestos como os enfrentados pelos colegas Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski.

 

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil