TV em Transe

TV paga em queda livre

08/08/2019

Dados na Anatel compilados pelo UOL mostram uma queda constante no número de assinantes de TV paga no Brasil.

 

Os números mais recentes são de junho, apontando um número total de 16,7 milhões de assinantes no país. Em 2014, por exemplo, eram quase 20 milhões.

 

Comparando com dados de junho de 2018, houve uma perda de 1,23 milhão de assinantes.

 

Como explicar essa retração?

 

Vários motivos podem ser apontados, como a pirataria (calcula-se que 3 milhões de domicílios no país utilizam o popular “gato net”), a crise econômica, o valor dos pacotes e a concorrência com a internet.

 

Das quatro maiores operadoras, apenas a Oi conseguiu registrar crescimento no último ano, e mesmo assim pequeno, de 1.7%. Net/Claro, Sky e Vivo caíram.

 

Entre os fatores da queda, destaco o crescimento de um outro setor: o serviço de streaming, que tem na Netflix seu principal nome.

 

No Brasil, são 8 milhões de assinantes, com crescimento de 23% entre junho de 2017 e junho de 2018. Para 2018/2019, a estimativa é de 14%. Somos o terceiro maior mercado da empresa, atrás de Estados Unidos e Reino Unido,

 

Não é difícil entender as razões.

 

O streaming é bem mais barato que a TV paga, oferece uma infinidades de opções de qualidade e, acima de tudo, coloca o consumidor como o elemento ativo, ao invés de passivo. A liberdade para assistir o que você quiser na hora em que você quiser conta muito. Não há aquele compromisso de ter de sintonizar determinadio canal em determinado horário.

 

E, considerando o que virá no futuro próximo, a perspectiva para a TV paga não é nada animadora, pois pesos-pesados da indústria do entretenimento preparam o lançamento de seus serviços de streaming: Apple, Warner (com o HBO Max) e Disney.

 

E agora? – A experiência de transmitir o futebol do domingo às 19 horas agradou à Globo. Corinthians x Palmeiras renderam 35 pontos demédia no ibope e entregaram uma audiência ao “Fantástico” bem maior que o “Domingão do Faustão” costuma entregar. 

 

E nas redes sociais já tem campanha para a Globo optar por uma “rodada dupla” a partir de 2020 e tirar o Faustão do ar…