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Justiça manda prender ex-deputado Squassoni por envolvimento em esquema de corrupção no Porto

22/08/2019

A 5ª Vara da Justiça Federal de Santos expediu ordens de prisão temporária e de busca e apreensão contra o ex-deputado federal Marcelo Squassoni, um dos alvos da Operação Círculo Vicioso, deflagrada nesta quinta-feira (22). É a segunda etapa da Operação Tritão, desencadeada em outubro de 2018, para desarticular uma organização criminosa que estaria há anos fraudando licitações e contratos públicos celebrados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

No total, foram expedidos 21 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo/SP, Santos/SP, Guarujá/SP, Ilhabela/SP, Bragança Paulista/SP, Serra Negra/SP, Duque de Caxias/RJ e Fortaleza/CE.

"Com base em elementos de prova obtidos quando da deflagração da Operação Tritão, depoimentos prestados em sede de colaboração premiada e diante de informações fornecidas por membros da atual Diretoria da Codesp, a Polícia Federal conseguiu comprovar as fraudes inicialmente investigadas, além de outras que permaneceram sendo executadas mesmo após a prisão de alguns membros da organização criminosa", diz nota da Polícia Federal.

Segundo a PF, os prejuízos causados à empresa e aos cofres públicos superam, nesta etapa, a cifra de R$ 100 milhões.

Aos investigados estão sendo imputados os crimes de organização e associação criminosa; fraude a licitações e corrupção ativa e passiva, sem prejuízo de eventuais outras implicações penais que possam surgir no decorrer das investigações.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Squassoni, no exercício do mandato de deputado federal – e, antes, ao presidir a Câmara Municipal de Guarujá –, participou das fraudes investigadas. De acordo com o inquérito, o ex-parlamentar foi o responsável pela indicação de membros da antiga diretoria da Codesp, que viabilizaram o esquema, copiado de um esquema aplicado no legislativo do Guarujá.

As irregularidades envolveram o direcionamento de licitações em troca de vantagens ilícitas como o pagamento de propinas e a liquidação de despesas pessoais dos envolvidos. Entre empréstimos e bens utilizados, o ex-deputado teria recebido R$ 1,6 milhão.

 

Denúncia

A Controladoria-Geral da União (CGU), que também participa da operação, mantém um canal para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre a Operação Círculo Vicioso pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode se anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.