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O retrato de um governo

07/09/2019

Após mais de oito meses à frente do governo, Jair Bolsonaro tem-se revelado um político que não está à altura do cargo. Eleito com mais de 57 milhões de votos, muitos dos quais de protesto contra os governos do PT – que realmente foram uma tragédia financeira e moral -, seu comportamento chega a ser assustador. 

Não são poucos os que acreditam que o sr. presidente não tem o equilíbrio psicológico necessário para ocupar o mais alto cargo da República. Os fatos parecem indicar exatamente isso.

Ao invés de se preocupar com os mais de 12 milhões de desempregados, com os problemas na área de saúde e de contribuir para melhorar o ensino público com o objetivo de capacitar os jovens e oferecer a eles oportunidades de crescimento moral e profissional, Bolsonaro insiste em fabricar crises desnecessárias.

De início, o Brasil virou chacota no mundo pelos palavrões e bobagens que o presidente fala diariamente, mas o sentimento negativo pode evoluir para boicotes internacionais contra nossos produtos.

Por conta de um presidente grosseiro e mal-educado, que defende a tortura – considerado um crime contra a humanidade – cresce o risco de o país sofrer sanções internacionais e de o brasileiro comum ser malvisto no exterior.

É simplesmente inacreditável que o presidente da República de um país da importância do Brasil não se dê ao respeito e insista em ofender gratuitamente pessoas, inclusive quem já morreu e que, portanto, não pode se defender. Mais que uma grosseria, é covardia e revela o caráter do agressor.

Qual o sentido de ofender a esposa do presidente da França, ou agredir moralmente personalidades que já morreram, como o pai da ex-presidente do Chile e o pai do presidente da OAB ?

E para completar o festival de bizarrice, o ministro da Economia, Paulo Guedes, resolveu bajular o chefe e, também gratuitamente, ofendeu a primeira-dama da França, Brigitte Macron: “ Ela é feia mesmo”.

Bonito deve ser o que estão fazendo e falando. Pobre Brasil. É esse tipo de gente que nos governa. 
 

 

Foto: Fábio Rodrigues Pozzabom/ABR