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Planos de saúde ou de morte?

14/09/2019

Os planos de saúde faturam no Brasil cerca de R$ 170 bilhões por ano, valor acima do orçamento destinado ao Ministério da Saúde que é de R$ 129,8 bilhões. Apesar da arrecadação gigantesca, tratam os clientes como cidadãos de segunda classe, aumentando como querem o valor das mensalidades. Os mais punidos – e duramente, diga-se – são os integrantes da chamada terceira idade, obrigados a pagar aumentos extorsivos.

Além de aumentos abusivos, os planos de saúde passaram a recursar planos individuais, obrigando os interessados a se inscrever em planos empresariais – uma maneira infame de aumentar ainda mais seus lucros.

Os planos de saúde estão praticando um verdadeiro crime contra o Brasil e, em especial, contra os idosos, justamente no momento da vida em que essas pessoas mais precisam de segurança na área de saúde. 

Por conta da crise econômica e da ação desumana dos planos de saúde, cerca de três milhões de brasileiros foram obrigados a encerrar seus contratos e ficar na dependência do SUS.

Temos pela frente mais um gigantesco problema social que, infelizmente, é ignorado por parte da grande imprensa e pelas autoridades – governo federal, Congresso, Judiciário e Ministério Público.

Os políticos brasileiros, em sua grande maioria, estão preocupados apenas em se dar bem e estão cobertos pelos melhores planos de saúde. O deputado federal Marco Feliciano (Podemos –SP), por exemplo, apresentou uma nota de R$ 157 mil para tratamento odontológico. O fato, por si só, explica a razão pela qual os parlamentares não estão nem aí para o sofrimento dos idosos brasileiros. 

Mas quando afinal o governo federal e o Judiciário vão reagir e dar um basta a essa pouca vergonha? Ou será que teremos de dar razão ao ditado segundo o qual de onde menos se espera é que não sai nada mesmo?