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Espalhando bondade

11/01/2020

O rapaz estava desempregado. Fora despejado e dormia no carro. Carro, aliás, que ele não tinha sequer dinheiro para colocar combustível.

 

Chegou o dia em que estava com fome. Sem dinheiro para comprar alguma coisa, desesperou-se. Noite fria, o estômago reclamando, entrou em uma lanchonete. Como não sabia quando seria sua próxima refeição, comeu a mais não poder.

 

Quando chegou a hora de pagar, fingiu que tinha perdido sua carteira. Fez um barulho enorme e começou a procurá-la por todo lugar. Virou a lanchonete de cabeça para baixo.

 

De trás do balcão o cozinheiro, que era também o dono do lugar, saiu e foi até onde estava o rapaz.

 

Abaixou-se, fingindo que apanhava alguma coisa do chão e entregou ao moço cem reais.
-Acho que você deixou cair quando entrou.

 

O rapaz ficou mais confuso ainda mas pagou a conta e saiu rapidinho.
-E se o dono do dinheiro aparecer? – Ele se perguntava, andando pela rua.

 

Até que se deu conta que na verdade o dono da lanchonete fingira achar o dinheiro.

 

Colocou gasolina no carro e rodou para outra cidade. Enquanto dirigia, agradecia ao Grande Arquiteto do Universo o gesto daquele piedoso desconhecido.

 

E prometeu que se sua vida viesse a melhorar, faria aos outros o que aquele homem fizera por ele. O tempo passou. Ele teve fracassos, reveses. Até que, afinal, as dores da pobreza passaram e, por competência, fez uma pequena fortuna.

 

Foi então que decidiu que era hora de honrar a promessa e cumprir o voto feito naquela noite escura de inverno.

 

Pelos anos seguintes, ele iniciou sua jornada de doações. Queria dar, mas não queria que as pessoas o agradecessem.

 

Começou a identificar pessoas realmente necessitadas. Assim, a família de um garoto de 14 anos, que sofria de leucemia, encontrou uma boa soma de dinheiro, em sua caixa de correio.

 

Uma viúva, com sete crianças e dois netos, foi surpreendida com várias notas, colocadas embaixo de sua porta.

 

Um jovem que precisava de um transplante de pulmão, respirou aliviado quando em sua conta apareceu a expressiva soma que precisava para a cirurgia.

 

Ele pagou aluguel, prestações de carro, contas de mercado, sempre sem aviso e sem ficar por perto para elogios.

 

A sua alegria era a expressão no rosto das pessoas beneficiadas.

 

Agora só faltava agradecer a quem o socorreu quando precisou.

 

Procurou pelo dono da lanchonete durante quase um ano.

 

O local conhecido estava fechado. Arranjou em encontro, dizendo-se historiador e que desejava fazer uma matéria sobre pessoas antigas daquela localidade.

 

Chegou carregado de presentes, além de avultada quantia em dinheiro.

 

Ao se deparar com seu benfeitor de outrora, disse-lhe:
-Eu sou aquele sujeito que você ajudou 29 anos atrás. Você mudou a minha vida, naquela noite.

 

O ex-dono da lanchonete, agora aposentado, com 81 anos de idade chorou, tamanha a emoção, ao lado da sua esposa agora gravemente doente, lutando contra um câncer e o mal de Alzheimer.

 

Por causa da situação, estava atolado em contas hospitalares. O dinheiro fora mandado por Deus.

 

Para o antigo beneficiado, era um simples gesto de gratidão. Para aquele idoso, o dinheiro era o acenar de um novo tempo, sem provações.

 

[com base em texto de Chris Benghue e na Redação do Momento Espírita]

 

Fomos criados para amar e importar-se com os outros é caminho para a felicidade.

 

Assim, sempre que possível, espalhe bondade ao seu redor. O mundo em que vivemos depende dela.