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Vampiros do Brasil

18/01/2020

Os bancos brasileiros estão entre os principais responsáveis pelos 12 milhões de desempregados, pelo fechamento de empresas e pelo martírio de milhões de cidadãos de bem que não conseguem manter suas contas em dia. Taxas de serviços escorchantes e juros abusivos impedem o crescimento da economia e contribuem de forma perversa para o aumento da desigualdade social.

 

A principal matéria desta edição chama a atenção para um novo golpe contra o brasileiro, com o aval do Banco Central do Brasil e sob o silêncio criminoso da grande imprensa – TVs, rádios e jornais. O silêncio é explicado pelo fato de que os bancos estão entre os grandes anunciantes e, portanto, devem ser bem tratados, principalmente em um período em que a imprensa passa por grandes dificuldades.

 

Mas há um limite para a omissão e cumplicidade. O cartel dos bancos fez e continua fazendo milhares de vítimas no Brasil e é humanamente impossível mensurar a extensão do mal que esses vampiros endinheirados fizeram e continuam fazendo contra os brasileiros. O empresário, o comerciante, seja ele pequeno ou grande, e mesmo o cidadão comum, quando precisam de dinheiro são achacados por taxas obscenas, inaceitáveis em um país civilizado.

 

Quantas pessoas ficaram doentes, fecharam seus negócios ou mesmo praticaram suicídio por conta da extorsão praticada pelos bancos? É possível medir isso? O estresse, famílias e negócios destruídos. Lamentavelmente as leis no Brasil só funcionam para proteger os poderosos. O fato é que ao longo da história nenhum governo, seja de esquerda ou de direita, teve a coragem de enfrentar o cartel dos bancos e acabar com essa pouca-vergonha, com esse deboche, com essa bandalheira institucionalizada. A triste realidade é que os bancos transformaram o Brasil num prostíbulo financeiro.

 

De nossos deputados e senadores pouco podemos esperar mesmo, mas é o caso de se perguntar onde estão os representantes do Ministério Público e do Poder Judiciário que nada fazem diante da orgia financeira que os bancos praticam com taxas de serviços e juros abusivos.

 

Agiotagem ainda é crime no Brasil e é o que mais fazem os bancos. Ou o nosso Poder Judiciário entende que cobrar taxas que chegaram a 350% ao ano no cheque especial, agora reduzidas para 160%, para uma inflação de 4%, é algo normal? Se isso não é agiotagem é o que? O STF (Supremo Tribunal Federal) acha tempo para julgar se o cidadão pode ou não levar sua própria pipoca ao cinema, mas é incapaz de acabar com a farra dos bancos? 

 

Dá nojo. Até quando?