TV em Transe

Triste demais

30/01/2020

Comecei a me interessar pela NBA nos anos 80, quando Luciano do Valle decidiu apostar na liga de basquetebol profissional dos Estados Unidos e transmitir seus jogos na Band.

 

Naquela época, o time badalado a ser batido era o Los Angeles Lakers de Magic Johnson e Kareem Abdul Jabbar. Por conta disso, conheço várias pessoas que, além de viraram fãs da NBA, tornaram-se torcedores do Lakers.

 

Eu segui a direção contrária. Luciano do Valle também tinha preferência pela equipe de Los Angeles e por vezes exagerava na dose. Como na última temporada daquela década os Lakers foram impiedosamente batidos nas finais pelos bad boys do Detroit Pistons por 4×0, passei a gostar dos Pistons. 

 

Na década de 90, torcia pelo “extraterrestre” Michael Jordan no Chicago Bulls. Depois, com a chegada do novo século, a estrela maior voltou novamente a ser do Lakers: Kobe Bryant.

 

Shows

 

Diga-se que, à essa altura, o número de jogos da NBA transmitidos por aqui já era bem maior se comparássemos aos anos 80, especialmente por conta dos direitos adquiridos pela ESPN. Portanto, para qualquer admirador do basquete era um deleite poder ver Kobe em ação com frequência – mesmo para os “não simpatizantes” do Lakers, como eu. O que importava era o show em quadra daquele que se tornou um dos maiores de história do esporte.

 

Foram cinco títulos da NBA em 20 anos, defendendo a mesma equipe até a aposentadoria em 2016. 
E, agora, a morte chocante em um acidente de helicóptero quando levava a filha de 13 anos, que seguia seus passos, para um jogo de basquete. 

 

Acho que desde Ayrton Senna a morte de um ídolo não abalava tanto o mundo do esporte.

 

O legado de Kobe Bryant é imenso e vai muito além daquilo que fez em quadra, como a maravilhosa e tocante animação “Dear Basketball”. Escrito e narrado por ele, o curta faturou o Oscar em 2018. Se você não viu, faça um favor a si mesmo: assista.

 

Foto: Jerome Miron / USA TODAY Sports