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União e solidariedade

27/03/2020

Nos períodos de grande crise, estadistas são fundamentais. Foi assim nos EUA, durante a grande depressão, com Franklin Delano Roosevelt, o presidente que criou o New Deal e salvou a economia da bancarrota e milhões de empregos e vidas; Winston Churchill, primeiro-ministro britânico, com sua liderança, salvou a Europa do terror nazista. Dois exemplos de estadistas que entraram para a história.

O drama da atualidade é um vírus mortal que desafia a ciência e faz o mundo parar, perplexo. Vivemos dias difíceis, mas o pesadelo haverá de terminar, mais cedo ou mais tarde. Mas é fato que nunca o Brasil e o planeta, como um todo, precisaram tanto de estadistas como agora. Infelizmente, para nós, brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro já demonstrou que não está à altura do cargo para o qual foi, democraticamente, eleito. Suas declarações cada vez mais desconexas da realidade colocam em risco a vida de milhões de cidadãos e são um desserviço ao país.

O vírus da ignorância é, sem dúvida, o pior dos vírus, e o sr. presidente e os integrantes do chamado “gabinete do ódio”, que comandam o governo, parecem ter sido contaminados por ele. Inacreditável que no mesmo dia que a Índia coloca 1,3 bilhão de pessoas em quarentena, Bolsonaro, contrariando recomendações de cientistas, médicos e especialistas de todo o planeta, vá a uma rede nacional de rádio e televisão defender o fim do isolamento e se referir ao vírus mortal como uma “gripezinha” ou “resfriadinho”. Pior, diz que por ser um atleta, estaria praticamente imune à doença.

É desolador constatar que temos um presidente que vive no mundo da lua, despreza a ciência, e que se mostra arredio aos mais elementares princípios civilizatórios. Não há saída a não ser ignorá-lo. Estamos convencidos de que o correto é seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde, dos médicos e cientistas de todo o mundo: fiquem em casa! Em breve, poderemos, se Deus quiser, voltar à normalidade.

Para a questão econômica, há solução. O Brasil tem hoje cerca de 400 bilhões de dólares em reservas internacionais. Trata-se de uma poupança para ser usada em momentos de crise. Pois chegou a hora de usá-las. O governo pode e deve garantir crédito às empresas, principalmente às pequenas e médias, em troca da garantia da manutenção de empregos, e também oferecer uma renda mensal para trabalhadores informais e desempregados.

Enfim, recursos existem e é possível salvar vidas e a economia. Mais do que nunca, esse é um momento que exige união e solidariedade. Ações simples, como comprar no pequeno comerciante, no mercadinho da esquina. E, principalmente, de ajudar quem mais precisa.

Com amor, vamos vencer!

 

 

Foto: PR