Mais de dois meses depois de ter subido a rampa do Palácio do Planalto, consagrado por 57 milhões de votos, Jair Bolsonaro parece continuar em campanha eleitoral. Segue brigando com a mídia – escolheu a Rede Globo e a Folha de S.Paulo como seus principais “inimigos” – e provoca polêmicas desnecessárias pelo twitter e, eventualmente, quando fala em público.
Seus rebentos, em especial o filho Carlos, seguem os passos do pai e provocam, de forma também desnecessária, parcela considerável da sociedade brasileira. Enfim, parece que a família Bolsonaro ainda não entendeu que o chefe do clã ganhou as eleições. E com um discurso de recuperação do Brasil, em todos os sentidos, moral e financeira.
Os gritos de campanha – “mito, mito – talvez tenham inflado excessivamente o ego do presidente. Mas Bolsonaro e seus filhos deveriam ter a consciência de que a vitória foi decorrência do desastre provocado pelo PT e das bandalheiras inacreditáveis patrocinadas por Lula e comparsas.
O Brasil passa por um período de grandes dificuldades, com milhões de desempregados e igualmente milhões de famílias endividadas por conta de juros abusivos, praticados por bancos criminosos que operam por aqui.
Para reverter essa situação, Bolsonaro tem de começar a governar concentrando seus esforços em questões realmente relevantes, com a reforma da Previdência, a melhoria da saúde e do ensino públicos e na redução dos índices de violência. E, se possível, governar para todos os brasileiros, e não apenas para seus seguidores, como prometeu ao assumir o mais alto cargo da República.
Deixar de lado o twitter e aconselhar seus rebentos a fazer o mesmo seria um bom começo.
