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Um país dividido

25/05/2019

O Brasil é um país de grande potencial e que terá um futuro belíssimo se for bem governado e por gente decente. Não é isso que vem acontecendo, o que explica a nossa tragédia. O tal “ nós contra eles”, slogan produzido pelo PT ainda na oposição, dividiu o país em dois e provoca estragos até hoje. 

Os 13 anos de governos petistas, amparados no populismo desenfreado, resultou na captura do Estado por uma elite do funcionalismo e grandes corporações, e no aumento escandaloso da corrupção. A conta chegou com milhões de desempregados, o fechamento de empresas, principalmente médias e pequenas, e a deterioração de serviços públicos. O Brasil hoje produz desesperança em alta escala.

Jair Bolsonaro, um obscuro político do chamado baixo clero do Congresso, chegou à presidência da República com um discurso de combate à corrupção, defesa dos bons costumes e pela modernização do Estado. Sua vitória foi inquestionável e esperava-se do presidente um governo de reconstrução nacional.

Infelizmente, os cinco meses do governo Bolsonaro têm sido uma decepção. O presidente segue o discurso radical do filósofo de botequim Olavo de Carvalho, que produz palavrões e ofende ministros e militares graduados. Bolsonaro parece apostar no agravamento da crise para, quem sabe, buscar alternativas fora do que diz a Constituição, que jurou defender.

O mesmo radicalismo visto em setores do PT se vê hoje em seguidores fanáticos de Bolsonaro. Seriam duas faces da mesma moeda?

Tem razão o deputado Marcelo Ramos, presidente da Comissão Especial da reforma da Previdência, que, em discurso na Câmara, afirmou que “um país dividido não anda para a frente. Nós vamos transformar isso aqui numa Venezuela?”, questionou.

Mais do que nunca, o Brasil precisa de diálogo e união para superar os imensos desafios que temos pela frente. É fundamental deixar de lado o “nós contra eles”. O momento exige bom senso e união. O radicalismo seria a porta do inferno, desejado apenas por aqueles que pregam o caos.