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Nas trevas

10/08/2019
Nas trevas | Jornal da Orla

O Brasil passa por tempos difíceis. Mais que a crise econômica, muitos cidadãos de bem são atingidos por uma crise de desesperança diante da falta de perspectivas e da ausência total de lideranças capazes de iniciar a reconstrução do país.

Em pouco mais de sete meses de governo, Jair Bolsonaro mostrou que não está à altura do cargo que lhe foi oferecido por mais de 57 milhões de eleitores. A eleição acabou e o presidente parece não ter se dado conta disso. Governa com ódio, pregando a divisão de setores da sociedade e ofendendo cidadãos que eventualmente não concordam com suas ideias extravagantes.

É muito triste ver um presidente que não se dá ao respeito, falando diariamente palavrões, xingando opositores e, que chega ao cúmulo, de receber no Palácio do Planalto a viúva daquele que foi considerado o maior torturador do período militar – e, inacreditável, chame o falecido de “herói” nacional.

Tortura era comum na idade medieval, mas estamos no século 21 e essa prática é reconhecida mundialmente como “um crime contra a humanidade”. Ao fazer apologia a um torturador, Bolsonaro revela seu atraso moral e sua incapacidade de aceitar a evolução da raça humana.

Mas o problema do Brasil, infelizmente, é maior que a incapacidade intelectual e moral do presidente da República. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, é o “Botafogo” das planilhas da Odebrecht, o STF se curva aos poderosos de plantão e ao criminoso mais ilustre, Lula da Silva. E o presidente do Senado, Davi Alcolumbre segue o estilo Renan Calheiros.

Já o PT, o principal partido de oposição, depois de participar do maior esquema de corrupção da história da República, aplaude o governo do ditador Nicolás Maduro. Se transforma na vanguarda do atraso.
O fato é que vivemos uma crise de lideranças sem precedentes. Até quando seremos governados por essa gente?