Digital Jazz

Sesc Jazz 2019

19/10/2019
Sesc Jazz 2019 | Jornal da Orla

A cidade de Santos vai receber pela primeira vez este importante evento realizado pelo Sesc, que já está na sua segunda edição.

 

Em 2019 o festival aterrissa em nossa cidade no belíssimo Teatro do Sesc a partir do próximo dia 22, indo até o dia 26 de outubro.

 

Tendo como marcas principais a diversidade e o experimentalismo, o evento já nasceu grandioso e acontece em 12 unidades, 9 cidades, 26 atrações, 12 nacionalidades, 81 apresentações e 17 atividades educativas. Números bastante expressivos e de respeito.

 

É para todos nós uma grande alegria poder constatar num cenário atual caótico para a cena cultural, que o Sesc realize com muita ousadia e coragem, um festival deste porte no Brasil, possibilitando que um maior número de pessoas possam ter acesso a boa música.

 

A Rádio Jornal da Orla/Digital Jazz irá cobrir o evento de perto, tendo acesoo aos principais shows e aos bastidores e você poderá conferir aqui na coluna alguns destes grandes momentos musicais. Uma verdadeira celebração ao Jazz.

 

Na minha opinião, as principais atrações que irão nos visitar são a Nelson Ayres Big Band (dia 23), The Art Ensemble Of Chicago (dia 24), John Zorn & New Masada Quartet (dia 25), Edu Ribeiro Quinteto e Maurício Einhorn (dia 26).

 

Nelson Ayres, pianista, compositor e maestro é um dos artistas mais conceituados da música instrumental brasileira. A Big Band que leva seu nome existe desde 1973 e tem como característica mesclar a música brasileira com o Jazz.

 

O The Art Ensemble Of Chicago é um dos nomes mais tradicionais do jazz de vanguarda de todos os tempos e estão na estrada há mais de 50 anos. Dois remanescentes da formação original fazem parte da atual formação e é um dos shows mais esperados por aqui.

 

Já outra atração muito aguardada é a do saxofonista John Zorn & New Masada Quartet e promete trazer uma das mais surpreendentes apresentações do festival, mesclando o free jazz com o klezmer, gênero tocado nas celebrações judaicas.

 

Já o baterista autodidata Edu Ribeiro, um dos integrantes do premiado Trio Corrente e um dos bateristas mais requisitados da atualidade, irá se apresentar ao lado do seu quinteto mostrando suas inspiradas composições autorais.

 

Para encerrar, destaque para o genial Maurício Einhorn, um dos gaitistas mais importantes de todos os tempos e um dos maiores e mais inspirados improvisadores da nossa música. Vai poder mostrar ao vivo e a cores várias de suas composições conhecidas da Bossa Nova e da nossa MPB. Show imperdível!

 

Portanto, você terá uma rara oportunidade de apreciar tanto a obra dos artistas de relevância histórica quanto dos novos nomes de vanguarda da cena do Jazz. Viva a música! Que tem o raro poder de aproximar as pessoas. 
    

Etta James – “Al The Way”

A cantora Etta James conseguiu, em quase 60 anos de carreira, transitar por vários gêneros, principalmente o Blues, o Soul e o Jazz. 

 

Fez isso com absoluta maestria e competência, apesar de ter sempre uma vida muito turbulenta. 

 

Começou sua carreira no ano de 1954, falecendo no ano de 2012 aos 73 anos de idade, deixando na nossa memória a clássica interpretação do tema “At Last”, que virou hit desde o seu lançamento no ano de 1960.

 

E mais de 30 álbuns, vários prêmios Grammy e inúmeras premiações recebidas pelo conjunto da sua obra. 

 

O CD que destaco foi lançado no ano de 2006 com 11 faixas, com forte relações com o Jazz e contou com a participação dos músicos Donto James na bateria, Sametto James no contrabaixo, Joshua Sklair e Bobby Murray nas guitarras, David K. Mathews nos teclados e Ronnie Buttacavoli no trompete e flugelhorn. 

 

O repertório traz versões surpreendentes para os clássicos “All The Way”, “What's Goin On”, “Imagine”, “Holding Back The Years” e “Purple Rain”. 

 

Etta James já havia lançado anteriormente 2 CDs primorosos numa levada jazzística, “Mistery Lady: Songs Of Billie Holiday” – 1994 e “Time After Time” – 1995. 

 

Não deixe de ouvir estes 3 trabalhos desta incrível cantora que marcou seu nome em nossos corações para sempre. 

 

 

Carol Duboc – “Duboc”

Ela tem nome e sobrenome que nos fazem pensar que é uma cantora e atriz brasileira. Na verdade, ela é americana, nascida na cidade de Kansas City, uma das cidades americanas mais musicais e emblemáticas. 

 

Na cidade de Kansas City, nasceram vários músicos importantes e até os dias de hoje têm na música um dos seus atrativos culturais e turísticos, atraindo a visita de milhares de turistas do mundo todo.

 

A cantora, compositora e arranjadora Carol Duboc já tem vários discos lançados na carreira, e este que destaco, lançado no ano de 2002 pelo selo Gold Note Music com 12 faixas, conduzido e dirigido por ela com muita categoria, qualidade e suavidade, apresentando uma sonoridade que vai do Smooth Jazz à Bossa Nova. 

 

Trouxe como convidados um time de músicos de alto nível, formado por Jeff Lorber nos teclados, Vinnie Colaiuta na bateria, Jimmy Halsip no contrabaixo e Michael Thompson na guitarra entre outras feras.
Destaque para os temas autorais “Away”, “This Is No Ordinary Love”, “It's A Feeling”, “I Wanna Love Someone”, “A Love Letter”, “Secrets”, “When I'm Close To You” e os 2 temas de Burt Bacharach “Anyone Who Had A Heart” e o clássico “Walk On By”.

 

Tem como maiores influências musicais o R&B, o Pop e o Jazz e traz no coração as interpretações de Ella Fitzgerald, Al Jarreau, Deniece Williams e do grupo Earth, Wind & Fire. 

 

Uma cantora que, a partir de agora, passarei a pesquisar melhor, afinal, se mostrou qualificada e muito eclética na escolha do seu repertório e na forma de interpretar