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Sabedoria infantil

16/05/2020
Sabedoria infantil | Jornal da Orla

Ele era um veterinário experiente e foi chamado para examinar um cão de raça irlandesa, chamado Luke.
Os proprietários do animal, Carlos, sua esposa Ana e seu garotinho Pedro eram muito ligados ao Luke e esperavam por um milagre. 

O veterinário examinou o cão e descobriu que ele estava morrendo de câncer.

Disse à família que não haveria milagres no caso do Luke, e se ofereceu para proceder à eutanásia para o velho cão, em sua casa.

Enquanto faziam os arranjos, Carlos e Ana contaram ao profissional que estavam pensando se não seria bom deixar que Pedro, de 4 anos de idade, observasse o procedimento.

Eles achavam que o Pedro poderia aprender algo da experiência.

No dia seguinte, o veterinário sentiu o familiar aperto na garganta, enquanto a família de Luke o rodeava.
Pedro, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que o profissional ficou a pensar se ele entendia o que estava se passando.

Dentro de poucos minutos, Luke se foi, pacificamente.

O garotinho parecia aceitar a transição do amigo, sem dificuldade ou confusão.

Então, após a morte do animal, todos se sentaram juntos, conversando sobre o fato da vida dos animais ser mais curta que a dos seres humanos.

Pedro, que tinha estado escutando silenciosamente, finalmente disse: 

-Eu sei porquê.
Abismados, todos se voltaram para ele. O que saiu de sua boca, os assombrou.

Nunca haviam escutado uma explicação mais reconfortante. Ele disse: 
-As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e serem bons, certo?

O garoto de 4 anos continuou: 
-Bem, os cães já nascem sabendo como fazer isto. Portanto, não precisam ficar por tanto tempo.

Interessante pensamento de um menino de 4 anos que traduz o sentimento de conforto e proteção que o cão lhe passava.

[com base na Redação do Momento Espírita]
Filosofia infantil que nos leva a meditar.

Todos nascemos para o aprendizado, para o crescimento intelectual e moral. Exatamente nesta ordem.
O que nos compete, portanto, é aproveitar ao máximo os anos de vida, aprimorando o intelecto e progredindo em moralidade.

Aprender a desculpar as pessoas, relevar atitudes de criaturas enfermas da alma, perdoar.

Amar a todos todo o tempo, com certeza, demorará um tanto mais.

Mas valem as tentativas, o aplacar o desejo de vingança, o não desejar mal a quem nos magoou fortemente, a quem nos relegou ao abandono.

Conviver com os diferentes, compreender atitudes que nos podem, à primeira vista, parecer estranhas, faz parte do crescimento individual.

O Senhor das estrelas, estando entre nós, lecionou o amor incondicional a todos.

Mestre incomparável, amou aos próprios algozes, suplicando ao pai perdão para os atos insanos que cometiam, condenando-o à terrível morte na cruz.

Vivamos, pois, cada dia, conquistando intelectualidade e moral, sem desânimo.

Um dia, que poderá não estar tão distante, vestidos de luz, haveremos de sentir o prazer de ser bom, de viver no bem, de amar de forma plena e incondicional.

 

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE