Vídeo da gravação da reunião ministerial realizada pelo presidente Bolsonaro, dia 22 de abril, revela palavrões, ofensas aos ministros do STF e aos governadores de São Paulo, João Doria, e Wilson Witzel, do Rio de Janeiro. A liberação do conteúdo do vídeo, apenas sem referências negativas à China, maior parceira comercial do Brasil, foi decidida nesta sexta-feira (22), pelo decano do STF, ministro Celso de Mello.
Bolsonaro chamou o governador de São Paulo, João Doria, de "bosta" e o do Rio, Wilson Witzel de "estrume". O presidente também revelou a intenção de armar a população como forma de evitar uma "ditadura".
Falando muitos palavroes, Bolsonaro se diz insatisfeito com os serviços de informaçoes do governo e que vai fazer mudanças no comando.
“Não vou esperar fuder alguém da minha família ou algum amigo para trocar” afirmou o presidente, sem deixar claro que seria o comando da PF ou outra instituição.
Palavrões e palavrões, algo jamais imaginável para uma reunião ministerial.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que está correndo riscos, se vitimizou, e afirmou; "Por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF".
Já a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) defendeu a prisão de governadores e prefeitos que têm determinado o fechamento do comércio e restringido a circulação de pessoas para tentar controlar a pandemia.
A divulgação do vídeo teve grande repercussão. As consequências são imprevisíveis. A primeira delas deve ser a demissão do ministro da Educação, que chamou de vagabundos os ministros do STF e defendeu a prisão de todos eles.
O clima político em Brasília é de grande tensão. A Capital da República ferve.