Positividade

Olhar e compartilhar

24/06/2020
Olhar e compartilhar | Jornal da Orla

São em momentos de crise que devemos, mais do que nunca, olhar nossas forças e compartilhar com as pessoas o que temos de melhor em nós. Estamos vivendo mais do que uma crise na saúde, uma crise na consciência, encarando coisas em nós que antes deixávamos escondidas atrás de excessos de tarefas e correrias cotidianas.

 

E nesses tempos, em que recebemos tantas informações que podem nos trazer medo e desesperança, é fundamental encontrarmos espaços para receber coisas que nos preencham de emoções positivas para equilibrar a balança. Estamos aqui pra oferecer esse espaço, Transmitir notícias de qualidade, é um dos compromissos desse jornal. E o meu é o de transmitir os saberes das disciplinas que vivi ao longo de anos de estudos e vivências, e tiveram a força de me acorrdar de uma depressão, trazendo mudanças significativas na minha vida

 

Há uma pesquisa da Psicologia Positiva, que é um dos estudos que faço e trabalho, que nos mostra que, pra gente ter uma saúde mental mais equilibrada, precisamos ter uma proporção de três emoções positivas, pra cada uma negativa. A gente dá muito mais ênfase pro negativo. E nas relações íntimas então, são cinco emoções positivas, pra cada uma negativa.

 

A notícia boa é que a gente consegue atuar na fisiologia, na química do nosso cérebro e ativamente desencadear emoções positivas. Sendo que as emoções que mais fortemente impactam na felicidade são: amor, gratidão e esperança.

 

Nossa mente funciona em quatro níveis: a cognição, que ativa uma informação; depois o reconhecimento, que faz o papel de identificar essa informação dentro do que você conhece; em terceiro a sensação, que traz o estímulo que esse reconhecimento gera no seu corpo, e ativa um impulso neurológico; e tem a reação. Sendo nessa última etapa que temos o poder de agir e efetivamente sair do automático reativo.

 

A Psicologia Positiva se refere tanto em aumentar as emoções positivas que vivenciamos, quanto em estudar as forças e as virtudes dos indivíduos. Mas também, em estudar as instituições que dão suporte ao nosso caráter: família, comunidade, educação, trabalho. Temos uma série de intervenções super simples e gostosas de por em prática, que vão deixando a cada dia nossa experiência mais feliz. E feliz dentro de um conceito mais amplo do que aquele dos prazeres instantâneos. Buscando mesmo o bem  estar mais constante.

 

Vamos trabalhando num crescendo. Primeiro por uma vida prazerosa, numa visão mais hedonista, onde busca sentir-se bem. Depois, visamos uma vida engajada, que tem a base na ideia de eudaimonismo, onde fazer bem é o que nos traria felicidade. O que seria isso? Agir conforme as nossas virtudes. E por fim chegamos no ideal da Vida Significativa, que nos presenteia com a Teoria do Florescimento Humano: fazer o bem, dentro do que nos traz prazer, conforme nossas forças e virtudes.

 

Só tem um erro que as pessoas costumam relacionar a esse campo de estudo, que seria o de viver só alegre, negando emoções negativas. De forma alguma se prega isso. Muito pelo contrário. As emoções negativas são aproveitadas para nos mostrar o que está em desequilíbrio em nosso sistema. servem como um alerta acerca de riscos aos quais nos expomos ou coisas que estão acontecendo em nossas vidas e nos prejudicam fisicamente ou emocionalmente. Não adianta reprimir o negativo. Como tudo, podemos olhar essas emoções negativas pela perspectiva de que elas tem também um fundamento positivo, o de nos mostrar que alguma necessidade nossa não foi atendida. Nós incentivamos vasculhar a raíz desta emoção. Seja por meditação, seja por qual abordagem você escolher se aprofundar.

 

Então aqui neste espaço vamos destrinchar esse conhecimento e oferecer a vocês a oportunidade de atuarem conscientemente rumo o Florescimento. E de enxergarem a Vida não como uma série de problemas a serem resolvidos, e sim como uma experiência a ser desfrutada em um estado de Bem Estar e de Felicidade autêntica.