Clara Monforte

Ter um hobby é uma ótima terapia

15/08/2020
Ter um hobby é uma ótima terapia | Jornal da Orla

Ter um hobby é uma ótima terapia. Acalma nos momentos difíceis, movimenta o cérebro prazerosamente, combate a ansiedade e renova as energias. No momento de isolamento social, quem não tinha…conquistou um, como forma de vencer o tempo de maneira saudável. 

Leonel Fernandes, Renata Amaral Nico e Júlia Carpentieri contam as suas novas conquistas.

 

LEONEL FERNANDES

Durante os três primeiros meses da pandemia, ficamos em casa em total isolamento, eu, meu companheiro Danilo e minha mãe Sueli, que veio passar este tempo conosco. Apesar da felicidade de estarmos juntos, muitas vezes o tédio se aproximava e eu para domá-lo eu tratava de ser criativo. Além das aventuras culinárias, resgatei um prazer antigo, costurar.  

Modelagem e arquitetura têm tudo a ver, ambas são pura geometria, por isso sempre tive facilidade com a máquina de costura. Ganhei a primeira de minha mãe, com 12 anos de idade.

Neste tempo, fiz máscaras, toalhas de mesa e por fim, desenvolvi algumas roupas confortáveis para usar em casa…kaftans, camisolões unissex sem nada apertando, mas com estilo.  

Agora, retornando às atividades profissionais, não sobra tanto tempo para costurar, mas penso seriamente em lançar uma coleção de kaftans, numa linha homewear, que leve alegria e conforto para quem as usar, como trouxeram pra mim e para a minha família, nestes tempos difíceis.

 
RENATA AMARAL NICO

Inegável que a pandemia alterou bastante a rotina das pessoas no mundo todo. Quem iria imaginar que passaríamos por essa experiência? Com o isolamento social, após o "choque de realidade", ou seja, após ter de ajustar minha rotina de aulas e escritório, visando cumprir todas as atividades à distância, surgiu a vontade de provar novas experiências. 

Sempre pratiquei atividade física, mas queria adquirir maior consciência corporal, bem estar físico e emocional, e sabia que a yoga me proporcionaria. Decidi iniciar as sessões durante a pandemia. Por que não? Inspirada numa amiga que tem um Studio de Pilates e Yoga aqui em Santos, resolvi procurá-la e iniciei a prática. A falta de tempo já não era desculpa, pois não o despendia mais em deslocamentos. Tudo passou a ser remoto. Hoje pratico o básico, mas pretendo fazer treinos mais avançados daqui há algum tempo. 

A yoga ativa os músculos, melhora expressivamente a postura e alongamento, além de me trazer outros benefícios como a diminuição da ansiedade, aumento do foco e relaxamento. Hoje, essa prática faz e fará parte da minha rotina. Incrível!

JULIA CARPENTIERI 

Ficar em casa gerou em mim a curiosidade para aprender a cozinhar. Sempre me alimento bem e tenho qualidade de vida saudável. No começo da pandemia, relaxei e ganhei uns quilinhos. Fiquei triste, desmotivada, resolvi me arriscar e fazer as minhas próprias refeições e doces para os finais de semana. Meu namorado me motiva e me ajuda na preparação das receitas, o que torna tudo divertido, pois adoro cozinhar para ele, apesar de sempre pegar o maior pedaço para mim (rs). As receitas são saudáveis e low carb. Às vezes, um doce escapa da regra.

Toda semana aprendo algo novo e quero aprender ainda mais. Cozinhar virou terapia para mim. Quando estou ansiosa, entro na cozinha e tudo desaparece.

Posto na minha rede social as fotos e adoro quando meus amigos elogiam. Agora, tenho um espaço no site do Jornal da Orla, onde ensino o passo a passo da receita da semana. Chama-se “Receitas da Julia”. Acessem lá!

Dica: se ainda não teve interesse em cozinhar…experimente! Você se surpreenderá com o que é capaz.
 

REVIRAVOLTAS
Parabenizando um dos amigos que aniversariou esta semana, completando uma das idades “redondinhas”, que acontecem a cada dez anos e, normalmente assustam: 40, 50, 60, 70 anos, brincando falei: “Este ano não precisa ser computado, ninguém comemorou, ninguém se reuniu nem se abraçou, não nos divertimos nem tampouco dançamos”. Rimos bastante da brincadeira que, no fundo, é verdade. Esquecemos da idade e continuamos a conversar sobre outras coisas.

A idade é um paradoxo. Aos 15, quando a juventude bate à porta, torcemos para fazermos 18…é hora da Universidade e de ganhar o sonhado carro. Ainda não está bom…a espera é pelos 21 anos, pela conquista da liberdade total.

Abrindo um parênteses: nem isso temos atualmente…também uma razão para não contarmos mais este ano. Vivermos sem liberdade, não deveria contar tempo! 

Há seis meses, tudo parou e nós temos que parar…para pensar e lembrar que temos quatro idades:”a cronológica, a que parecemos ter, a que sentimos ter e aquela idade que as pessoas acham que temos”.

Podemos escolher uma delas para nos encantarmos com a vida e decidirmos, afinal, se contamos ou não o ano que passou!