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O futuro está escrito nas estrelas

16/08/2020
O futuro está escrito nas estrelas | Jornal da Orla

Todo agora tem um antes. Tente olhar a linha do tempo da sua vida, ou até mesmo um recorte dela, e localizar o ponto de partida. 

A gente já vive no passado. Pensando assim, agora já existe alguém no futuro que está esperando você agir. Um certo “você mais jovem” já foi responsável pela pessoa que você é hoje. 

Suas escolhas, suas decisões e mesmo as omissões em decidir, te moveram, te levaram a outro ponto e abriram inúmeros novos universos e possibilidades. E sim, fecharam uma infinidade de outras que nem sequer podemos imaginar.

Multiplicando um pouco do que disse o Chorão, para cada escolha existem inúmeras outras renúncias que se desdobram em cenários que não serão vividos. A grande questão está em saber exatamente quais são os pontos decisivos e em quais realmente nosso livre-arbítrio agiu.

Você consegue determinar com precisão todas as situações da sua vida que te levaram para onde você está hoje? A criança que você já foi, se orgulharia de quem ela encontraria andando por aí atualmente?

Muitas dessas ações a gente pode elencar: decidir morar fora, ir estudar uma determinada área, pedir demissão do emprego, cancelar a viagem. 

Mas e o dia que, inconscientemente, você optou por virar à esquerda sem perceber? E a vez que, mexendo no celular, você saiu no andar errado e precisou descer de escada. Será que realmente foi engano? Será que estes segundos de desencontros não alteram nada? 

O que a gente chama de coincidência, poderia ser algo determinado.

Se cada evento desses fosse uma pedra que cai na superfície calma do seu lago, quando a primeira ondulação chegasse à margem, você lembraria do que a originou?

No livro “Criadores de Coincidências”, o autor diz que as pessoas mais felizes do mundo são aquelas que – se houvesse uma escala entre acreditar ou não que tudo na vida é pré-determinado – estão nas pontas dessa escala. Porque nunca precisam questionar nada. Ou acreditam que não há resposta, ou que há algo superior que é responsável por essa resposta e não cabe a elas questionar. 

Mas estes são os extremos opostos. E só uma parcela pequena das pessoas fica por ali. A maioria de nós está sempre em movimento dentro desta escala. E são estes pequenos atos e momentos de escolha ou coincidências extremamente convenientes, geralmente só percebidos quando olhamos para trás, que chamamos de vida. E que sim, causam angústia e até uma espécie de sofrimento, mas que podem determinar um propósito.

A gente até pode estar dirigindo olhando o para-brisas, mas é o retrovisor que mostra as respostas.

“A vida me trouxe até aqui.”

Esteja o que estiver fazendo, lembre-se que tem alguém lá na frente esperando você caprichar. Você mesmo.

Viver é uma coisa que se faz agora. No passado.