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Remarque sua mamografia!

03/10/2020
Remarque sua mamografia! | Jornal da Orla

A pandemia do novo coronavírus (covid-19) provocou a redução de 84% de exames de mamografia, em comparação ao ano passado, segundo levantamento da Fundação do Câncer. No entanto, o diretor executivo da entidade, Luiz Augusto Maltoni, afirma que não há motivo para pânico: basta remarcar o exame. 

O Diagnóstico precoce é a maneira mais eficaz de combater o câncer de mama. Caso detectado logo no início, a chance de cura é de 95%, sem a necessidade de procedimentos mais agressivos como a retirada parcial ou mesmo total do seio.

No Brasil, os números ainda são altos, apesar das diversas campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, que acontece pelo 15º ano consecutivo. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que este ano devem ser diagnosticados 66.280 novos casos de câncer de mama. Em 2018, a doença provocou a morte de 17.763 pessoas —17.572 mulheres e 189 homens.

Segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), cerca de 70% das brasileiras com a doença são submetidas à mastectomia, na grande maioria das vezes porque não realizaram exames preventivos, como mamografias e ultrassonografias.

O Ministério da Saúde orienta que a mamografia seja realizada em mulheres com idade entre 50 e 69 anos a cada dois anos. No entanto, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a realização anual da mamografia regular a partir dos 40 anos em mulheres assintomáticas.

 

COMO PREVENIR
Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como:
• Praticar atividade física;
• Alimentar-se de forma saudável;
• Manter o peso corporal adequado;
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
• Amamentar
• Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal.
Fonte: Inca

 

SINAIS E SINTOMAS
O câncer de mama pode ser detectado logo no início, por meio dos seguintes sinais e sintomas:

 

• Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
• Alterações no bico do peito (mamilo)
• Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
• Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Após a constatação de algum destes indícios, é preciso realizar exames como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. No entanto, a confirmação do câncer de mama só é feita por meio de biopsia (retirada de um fragmento do módulo e análise de um um patologista).

 

Procedimento menos invasivo
Um procedimento menos invasivo e não menos eficiente está melhorando a qualidade de vida de mulheres diagnosticadas com câncer de mama. A mamotomia pode impedir que a paciente precise passar pela retirada de um quadrante da mama ou mesmo ela inteira (mastectomia completa). 

O coordenador do Departamento de Imagem Mamária da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o mastologista Henrique Lima Couto, explica que o procedimento se assemelha à biopsia convencional, só que é feito com uma agulha à vácuo, que literalmente “suga” o nódulo ou calcificação, alvos da investigação. “Este exame tem substituído cirurgias diagnósticas convencionais popularmente conhecidas como ‘agulhamento’, que envolvem bloco cirúrgico, anestesia geral venosa, com mais riscos e que deixam cicatrizes”, declara. 

O mastologista explica que, na Mamotomia, a incisão é do tamanho da agulha, com anestesia local, feita ambulatorialmente, trazendo grande comodidade para a paciente, resultados rápidos e precisão no diagnóstico”, explica.

“A mamotomia evita que a mulher tenha o estigma de uma cirurgia radical, com cicatrizes no meio do seio. Esse procedimento pode ser combinado com a radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia, conforme orientação médica”, enfatiza.

Segundo o médico, as cirurgias continuam sendo de extrema importância, pois existem tumores de difícil acesso.