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Verdades e mentiras sobre a vacina contra a covid-19

24/10/2020
Verdades e mentiras sobre a vacina contra a covid-19 | Jornal da Orla

A pessoa que não deseja ficar doente ou testemunhar alguém próximo passar mal (ou mesmo morrer) por causa do novo coronavírus não quer saber da disputa política que acabou se transformando a utilização da vacina chinesa em brasileiros. Ela quer evitar o pior e evitar sofrimento. Numa guerra, principalmente a política, a primeira vítima fatal é a verdade. Para evitar medo desnecessário, enganos e preconceitos, confira algumas verdades e mentiras sobre a Coronavac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantã.

 

A China não aplicou a vacina em seus moradores e quer usar os brasileiros como cobaias
FALSO. A Coronavac já foi aprovada para uso emergencial em julho em profissionais de saúde,  militares e pessoas que viajam para o exterior a trabalho. Além disso, as fases 1 e 2 de testes foram feitas com 50 mil chineses.

 

A Coronavac é segura.
VERDADEIRO
. Segundo o Instituto Butantã, é a vacina em desenvolvimento no mundo que provocou menos efeitos colaterais. Os incômodos mais relatados foram dor no local da aplicação (19%), dor de cabeça (10%) e fadiga (4%).

 

A Coronavac é eficaz
VERDADEIRO
. A fase 3 de testes demonstrou que 98% dos voluntários ficaram imunes ao novo coronavírus. 

 

Voluntário morreu por causa da vacina
FALSO
. O médico brasileiro João Pedro Feitosa, que participava dos testes da vacina de Oxford (Inglaterra), morreu por complicações do novo coronavírus, e não por efeito colateral da vacina. Ele não recebeu a vacina, mas um placebo, uma dose que não contém a vacina. O placebo é um método científico para comparar as reações entre voluntários que tomaram a vacina e outros que tomaram uma substância sem efeito, para revelar se a vacina realmente faz efeito. A vacina de Oxford não tem nada a ver com a vacina chinesa, são métodos totalmente diferentes: a de Oxford se baseia no vírus atenuado (um fragmento vivo do vírus) e a da China no vírus inativado quimicamente (e, portanto, mais segura).

 

Toma a vacina quem quiser
FALSO
. Um programa de imunização eficiente exige que todos os indivíduos da população sejam vacinados —seja qual for a doença. A vacina serve para que a própria pessoa não fique doente e, o mais importante, que não a transmita a outros indivíduos imunologicamente mais frágeis (idosos, portadores de doenças crônicas como hipertensão e diabetes). Em muitos casos, a pessoa se contamina mas não passa mal (assintomáticos) e acaba transmitindo a doença para outros sem saber.