Notícias

Doenças que afetam mais a população negra

21/11/2020
Doenças que afetam mais a população negra | Jornal da Orla

Além de a população negra sofrer com a discriminação, manifestada nas mais variadas formas, ela também é vítima de maneira particular de algumas doenças. Hipertensão arterial, anemia falciforme, diabetes mellitus, anemia hemolítica e até mesmo suicídio têm maior prevalência entre negros. Entre os principais motivos, fatores genéticos, ambientais e sociais.

 

1. Hipertensão arterial
Estudos epidemiológicos revelam que, no Brasil, a população negra tem 1,5 vezes mais prevalência que os brancos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), a doença atinge 22,2% dos homens negros e 27,4% das mulheres negras. Pode ocasionar derrame cerebral, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, infarto e até demência, sem falar que leva a óbito. Aliás, ela já é responsável por desencadear até 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no País.

Para evitar a hipertensão, medidas simples do dia a dia podem ajudar: atividade física com regularidade, reduzir consumo de sal, alimentação saudável, não fumar, não consumir álcool em excesso e realizar exames de rotina.

 

2. Anemia Falciforme
Enquanto a incidência na população brasileira total varia entre 2% e 6%, entre os negros varia de 6% a 10%. Trata-se de uma doença hereditária, decorrente de uma mutação genética ocorrida há milhares de anos, no continente africano. Ocorre uma alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, tornando-os parecidos com uma foice, daí o nome falciforme. Essas células têm sua membrana alterada e rompem-se mais facilmente, causando anemia.

 

 
3. Diabetes mellitus 
Também conhecida como diabetes Tipo 2, é a quarta causa de morte no Brasil e a principal causa de cegueira. Atinge com mais frequência os homens negros (9% a mais que os homens brancos) e as mulheres negras (em torno de 50% a mais do que as mulheres brancas). A doença se desenvolve na fase adulta.

 

4. Anemia Hemolítica
Ocorre devido à carência de uma enzima, que torna os glóbulos vermelhos frágeis e são destruídos ao percorrerem a corrente sanguínea. Por ser um distúrbio genético ligado ao cromossomo X, é mais frequente no sexo masculino. Afeta cerca de 13% dos negros.