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Reconhecimento

03/04/2021
Reconhecimento | Jornal da Orla

Quando se fala em adoção, ainda existem aqueles de nós que tememos assumir essa responsabilidade.

Pensamos nas questões financeiras, na dedicação que se fará necessária, em tudo que precisaremos providenciar e cuidar, incluindo formação acadêmica.

De um modo geral, isso assusta e nos inibe a vontade.

No entanto, existem adoções que se fazem espontâneas, nas quais não se pensa nas possíveis dificuldades ou nas muitas questões envolvidas, porque uma vida precisa ser preservada e o amor fala mais alto.

Foi o que aconteceu nas Filipinas, quando Nanay e Tatay adotaram Jayvee, um bebê de apenas três meses de idade, que fora abandonado.

O casal era pobre e morava em um apartamento de vinte metros quadrados. A esposa era vendedora e o marido era porteiro.

As dificuldades eram tamanhas que, em alguns dias, para poderem sobreviver, faziam apenas uma refeição.
Apesar disso, abraçaram aquele pequeno ser. E o carinho, o amor e a dedicação que lhe dispensaram, fizeram desabrochar o que de melhor havia no coração do garoto.

Depois de longa jornada de estudos e lutas, Jayvee se tornou um homem bem sucedido. E decidiu retribuir aos pais adotivos que, além de lhe garantirem a vida e lhe ofertarem um lar, o envolveram em amor.

Antes de pensar em realizar algum sonho especialmente seu, comprou uma casa muito bonita para eles.

Uma grande e confortável casa. Reconhecimento de quem recebeu afeto e graças aos quais alcançou a posição em que hoje se encontra.

[com base em dados da vida de Jayvee Lazaro Badile e da Redação do Momento Espírita]

A adoção não é apenas o movimento de um amor benevolente. 

É o ato de acolher e aceitar verdadeiramente outro alguém como parte de nossa família, sem diferenças, sem preconceitos.

Quando reconhecermos que todos somos irmãos, filhos do Grande Arquiteto do Universo, nosso Pai, poderemos nos encontrar, ou ainda melhor, reencontrar corações amados.

Quando aprendermos que somos almas imortais em busca da perfeição, seremos a própria gratidão por todos aqueles que nos estendem as mãos.

Quando compreendermos a realidade da nossa missão na vida, nos veremos todos como parceiros e irmãos de caminhada.

Quando observarmos que a vida continua, e registrarmos a realidade da alma eterna, virá a certeza de que nada acontece por acaso, sejam encontros ou reencontros.

A vida prepara a melhor forma do reencontro que até pode nos parecer obra do acaso, quando na realidade é resultado de algo que foi planejado.

Não há necessidade de que nasçamos na mesma pátria, na mesma raça ou da mesma barriga para sermos irmãos.

Importante sabermos que uma família de verdade é unida pelo sentimento de irmandade, amor e respeito.

Nesse campo, a gratidão é uma estrada de duas mãos, onde os pais agradecem a presença daquele que chega, da mesma forma que os que chegam agradecem a acolhida que recebem.

Para formarmos uma família realmente feliz basta nos aceitarmos e vivenciarmos o amor.

PAZ, SAÚDE E PROSPERIDADE