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Dicas para não entrar em parafuso

01/05/2021
Dicas para não entrar em parafuso | Jornal da Orla

No meio de uma pandemia que dura mais de um ano e sem a perspectiva exata de um fim, é natural que a saúde emocional fique em frangalhos. Não há solução mágica ou uma ciência exata que indique uma maneira certeira de curar as dores da alma, mas a terapeuta Cátia Simionato sugere algumas atitudes que podem ajudar a enfrentar este momento difícil:

 

Meditação ativa- A maneira mais conhecida, a meditação passiva é aquela em que a pessoa permanece imóvel, numa posição confortável, prestando atenção na sua respiração ou desenvolvendo técnicas de visualização, concentração e relaxamento do corpo. Já a meditação ativa é aquela realizada ao mesmo tempo em que se faz qualquer tarefa, como caminhar, lavar louça, passar roupa, cuidar das plantas, praticar um esporte ou simplesmente limpar a casa. Ela consiste em manter sua mente focada na atividade, observando o movimento de pés e mãos, sentindo a textura ou temperatura do local que estiver tocando, observando tudo que puder ao seu redor, sentir os aromas e ouvir os sons do ambiente. Seu principal objetivo é viver o momento presente o mais intensamente possível, e não prender sua mente em eventos do passado ou do futuro.

 

Exercitar-se- A prática regular é fundamental para a saúde física e mental. Além de ajudar a prevenir doenças, proporciona a sensação de bem-estar e relaxamento, que contribuem com a qualidade de vida. O sedentarismo leva a maiores taxas de ansiedade, contribuindo para baixa autoestima, baixa imunidade, irritabilidade, mal humor e depressão. E mais: praticar esporte com regularidade influencia positivamente o cérebro, liberando hormônios do prazer e bem-estar, como dopamina, serotonina, irisina e oxitocina. 

 

Cuidar do corpo- Nutrição, hidratação, descanso e higiene. Evite alimentos ultraprocessados, beba água regularmente (e não apenas quando sentir sede), tenha um sono com qualidade e na quantidade necessária.

 

Prepare-se para dormir- Após um dia repleto de atividades e estímulos (principalmente de dispositivos eletrônicos como o celular), o corpo tem dificuldade para se “desligar. Assim, é preciso estabelecer um rotina de “contagem regressiva”: uma hora antes de dormir, desligue os eletrônicos, tome um chá calmante, deixe o ambiente à meia luz, ouça uma música suave. 

 

Contato com a natureza- Andar descalço na terra, areia ou pedras, tomar sol, entrar no mar ou tomar um banho de cachoeira. Pesquisa publicada na revista “Nature” mostra que apenas duas horas por semana de contato com a natureza podem promover, por exemplo, aumento na sensação de bem-estar, melhorar o humor e aliviar os sintomas de depressão, ansiedade e estresse.

 

Atividades prazerosas- Cozinhar, tocar um instrumento, cantar, trabalhos manuais. Além de aliviar as tensões do dia a dia, um hobby também estimula a criatividade.

 

Cuidar de um ser vivo- Ter um animal de estimação ou cultivar plantas proporcionam sensação de bem estar. Artigo publicado a revista Science indica que a interação com animais aumenta a produção de oxitocina, hormônio relacionado ao amor maternal.

Voz interior- Embora algumas pessoas vão achar que é maluquice, há uma “voz interior” falando dentro de nossa mente, sempre falando, criticando, comparando, lembrando do passado, traçando cenários ruins, projetando o pior para nossas vidas. Diversos psicanalistas já se dedicam a estudar o tema em profunidade, mas Catia Simionato destaca a necessidade de aprender a ignorar esta “voz pessimista”, como estragétia para ter equilíbrio e serenidade para enfrentar as adversidades, sem hiperdimensioná-las.