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Pandemia pode potencializar risco de osteoporose

11/05/2021
Pandemia pode potencializar risco de osteoporose | Jornal da Orla

Por conta da pandemia, muita gente deixou de realizar exames de rotina por medo da contaminação. No caso das mulheres esta situação pode ser ainda mais grave, especialmente aquelas que já estão na menopausa e com problemas hormonais, situação que pode potencializar o risco de osteoporose

 

Osteoporose e menopausa

“A osteoporose é basicamente uma doença na qual o osso se torna mais rarefeito, mais fraco, devido a uma queda nos depósitos de cálcio na região. É cerca de três vezes mais comum em mulheres, especialmente após a menopausa. Isso ocorre devido à queda hormonal nesta fase, em especial dos níveis de estradiol, que ajudam a regular os depósitos de cálcio no osso. Trata-se de uma doença silenciosa, que por vezes só é diagnosticada quando ocorre uma fratura óssea espontânea”, explica o médico Nelson Marfil, especialista em Qualidade de Vida e endoscopista da Clínica Endocentro, em Santos.

 

Vitamina D contra osteoporose

Segundo ele, uma das principais opções para evitar a osteoporose é a utilização regular de vitamina D. “A vitamina D é muito importante no metabolismo do cálcio e do fósforo e seus níveis adequados são essenciais. Ocorre, porém, que muitos pacientes têm deficiência de vitamina K2, a menaquinona. Esta vitamina auxilia o cálcio que fica circulando na corrente sanguínea, apoiado pela vitamina D, a ser direcionado para dentro do osso. A carência de K2 pode provocar depósitos errôneos do cálcio em outros locais, como vasos sanguíneos e articulações. Um tratamento para a osteoporose é bastante prolongado e deve utilizar todos os nutrientes importantes para a formação do osso, tais como boro, colágeno, magnésio, glucosamina e condroitina, entre outros”, explica.

 

Osteoporose e Vitamina D

 

Nelson Marfil explica que a vitamina D age de uma forma especial no organismo das mulheres. “São vários efeitos relacionados a esta vitamina, que na verdade é um hormônio. Ela modula mais de 300 genes do nosso código genético, reduzindo as chances de desenvolver câncer; modula e melhora o quadro imunológico; controla o metabolismo do cálcio e fósforo; fortalece o sistema neurológico; e reduz a pressão arterial”.

Negligenciar a vitamina D pode trazer uma série de problemas. “De imediato, a fraqueza óssea, com riscos de fraturas espontâneas, aterosclerose, além de hipertensão, aumentando o risco de AVC’s e doenças cardíacas”, revela.

 

Médico recomenda banho de sol

O médico alerta para não fazer reposição de vitamina D sem acompanhamento médico. “O simples banho de sol pode ajudar um pouco no aumento dos estoques; deve-se tomar banho de sol por cerca de 15 a 20 minutos, entre 12 e 15 horas, preferencialmente, com a maior área possível exposta ao sol, sem uso de protetor solar; após o banho de sol, aguarde cerca de uma hora para tomar banho, para favorecer uma boa absorção da D3. Outro detalhe importante é que não se deve tomar sol através de vidros, pois o vidro retém a radiação UVB, responsável pela produção da D3”.
 

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Sociedade Brasileira de Ortopedia