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Sanatório Brasil

12/06/2021
Sanatório Brasil | Jornal da Orla

É pau, é pedra…

Segue firme a briga do senador Renan Calheiro, relator da CPI da Covid, com a família Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (11) ele disse que temos um “Jim Jones” na presidência, comparando Jair Bolsonaro ao pastor maluco que levou ao suicídio, no mesmo dia, de 918 seguidores de sua seita na Guiana, em novembro de 1978.

“A diferença para o americano é que ele induziu ao suicídio e a pessoa que está na presidência, ele induz a esse morticínio e isso não pode acontecer”, afirmou o senador.

O presidente Bolsonaro, por sua vez, não tem economizado nos “elogios” ao desafeto.

“Sempre tem um picareta, vagabundo, querendo atrapalhar. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem no nosso país. É um crime o que vem acontecendo com essa CPI”, disse recentemente Bolsonaro sobre Renan Calheiros.

O deputado Flávio Bolsonaro também tem disparado críticas contra o senador.

O fato é que, na briga de Renan Calheiros com a família Bolsonaro, tem muita gente torcendo pela briga…

 

Tribunal Internacional
Mas os problemas de Bolsonaro não se resumem a Renan Calheiros. O senador Otto Alencar (PSD –Bahia) afirmou ao site O Antagonista, durante a semana, que a CPI já tem dados suficientes para responsabilizar o presidente Bolsonaro por milhares de mortes em decorrência da Covid.

Segundo Alencar, a CPI vai denunciar o presidente brasileiro à Corte de Haia (a que ficou mundialmente famosa por julgar nazistas e ditadores que praticaram crimes contra a humanidade) “para que eles tomem conhecimento sobre o que aconteceu no Brasil”.
 

Vou de moto
Mas Bolsonaro não parece estar nem um pouco preocupado com o que pensam alguns senadores que integram a CPI. E tampouco com o avanço da Covid.

Tanto é verdade que ele pretende participar de mais um passeio de moto neste sábado (12), desta vez em São Paulo.

São esperados milhares de motociclistas, apoiadores e fiéis seguidores do presidente.

O conselho de Collor
Para o passeio previsto para este sábado, Bolsonaro recebeu um conselho de mais um integrante de seu grupo político, o ex-presidente Collor. 

“Já disse ao presidente que se for sair de moto, use capacete”, aconselha Collor.

Máscara, nem pensar. 

Deve ser coisa para “maricas”, como costuma dizer o atual ocupante do Palácio do Planalto.

 

Pegou mal o passeio que o governador de São Paulo, João Doria, resolveu fazer no Rio de Janeiro. Pegou mal porque Doria foi flagrado tomando sol à beira da piscina sem o uso de máscara, no momento em que a pandemia continua crescendo no país.

Bolsonaristas fizeram a festa nas redes sociais. O deputado Eduardo Bolsonaro ironizou: publicou uma foto do governador com a legenda – guerreiro do povo brasileiro. O presidente chamou Doria de “hipócrita”, “sunguinha apertadinha” e o acusou de dar um péssimo exemplo.

 

 

Fixação
Na sexta-feira (11), o governador respondeu aos ataques do presidente pelo twiter: “Depois de ter tomado duas doses de antirrábica, passa de raivoso para apaixonado. Ele dorme sonhando com minha calça apertada e acorda pensando na minha sunga apertada”.

 

Ciúmes de você
Também criticou Carlos, um dos filhos de Bolsonaro. “É muito amor. Tonho da Lua deve estar morrendo de ciúmes”, disse Doria, numa referência a um dos apelidos do Filho 02.

 

Bombeiro no Planalto

O uso de máscara deixou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, numa saia justa. Durante a semana o presidente Bolsonaro anunciou que “um tal de Queiroga” iria dar um parecer para liberar pessoas vacinadas ou que já contraíram a Covid do uso de máscara.

Queiroga teve de fazer uma ginástica danada para dizer que não é bem assim. Que o uso de máscara só poderá ser liberado quando grande parte da população brasileira tiver sido vacinada.

Por enquanto, pouco mais de 11%% de brasileiros receberam a segunda dose.

Apesar da saia justa, o “tal Queiroga” afirmou na sexta-feira (11) que havia conseguido “apagar o incêndio”.
Ufa!