Clara Monforte

Olhos nos olhos com Bruno Robalo

11/09/2021
Olhos nos olhos com Bruno Robalo | Jornal da Orla

BRUNO ROBALO é violinista, com apenas 19 anos de idade. Dedica-se desde os 11 anos ao estudo desse instrumento tão incomum entre os muito jovens! Ganhou prêmios nacionais e internacionais, tocou em importantes instituições e ganhou uma Bolsa de estudos para uma das mais conceituadas Universidades do mundo, na Inglaterra. 

 

Por quê escolheu o violino?
 
Acho que o violino me escolheu. A música escolhe as pessoas!

 
Teve alguma influência?
 
Sou o primeiro da família e nunca tive influência direta. Quem me deu impulso foi minha avó materna que, quando eu era bebê, colocava um CD de Bach para eu ouvir.

 

Você é Spalla, ou seja, o último instrumentista a entrar no palco, antes da entrada do maestro. Já ocupou a regência  e também já tocou em várias Instituições. Me fala sobre essas experiências.

 
Na orquestra do Pão de Açúcar, desde os 11 anos, aprendi a tocar violino, gratuitamente, e sou muito grato por isso.

E sobre ser Spalla, me tornei há quase 5 anos. Quer dizer, sou o  “braço direito” do maestro. É uma grande responsabilidade, mas, muito amor.

 

Você participou de quais festivais?
 
Participei por três vezes do Festival Bravo, em Santos, o que me honra muito. Fui classificado duas vezes em primeiro lugar e uma em segundo, como solista. Participei, também, do Festival das Montanhas, em Poços de Caldas/MG, do Mozarteum Brasileiro, em Troncoso/BA, entre outros. No exterior, estive nos Estados Unidos, na Flórida, e em Stresa, na Itália, sendo o primeiro brasileiro a ficar entre os primeiros classificados.

 
Você estuda quantas horas diárias?
 
De quatro a cinco horas. 

  
Qual a sua preferência? Clássico ou popular?
 
 A minha preferência é a música. Qualquer uma que toque o coração das pessoas. 

 
Você conseguiu uma bolsa de estudos na Royal Northern College of Music, na Inglaterra, uma das maiores Universidades do mundo. Como foi?
 
Músicos de todo o mundo, de diversas áreas, aguardavam o desenrolar dos reflexos da pandemia. Sem saber o que fazer, pedi ajuda a Diretora Artística Renata Jaffé, que me recomendou conversar com outro músico brasileiro, chamado Mateus, que já cursava a faculdade. As vagas ainda estavam por abrir, assim fui selecionado, após longo processo burocrático, no que se refere à documentação e a parte musical…teoria e prática. Tive que enviar vídeos tocando três músicas diferentes, sem corte. Foi desafiador!