Saúde e Beleza

Síndrome mão-pé-boca

16/10/2021

AGENTE ETIOLÓGICO:

A síndrome mão-pé-boca é uma doença contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus. 

 

 

EPIDEMIOLOGIA:

É de aparecimento mais comum em crianças abaixo dos 5 anos, mas pode ocorrer também em adultos.

 

 

QUADRO CLÍNICO:

O tempo de incubação entre a exposição e o aparecimento dos sintomas é de 1 a 7 dias e os sintomas regridem em média 7 a 10 dias.

 

O quadro clínico pode variar de discreto na maioria dos casos e ser confundidos com os do resfriado comum. Nem sempre o quadro clássico está completo; em alguns casos pode se apresentar apenas com lesões na boca ou na pele e em outros pode predominar a febre e a dor de garganta.

 

O quadro clássico da síndrome mão-pé-boca é caracterizado por:

 

Febre alta;

Gânglios aumentados;

Mal-estar;

Falta de apetite;

Vômitos;

Diarreia;

Posteriormente surgem:

Estomatite (processo inflamatório que acomete a mucosa da boca);

Enantema (aparecimento de manchas vermelhas na superfície da mucosa da boca, amídalas e faringe);

As manchas vermelhas evoluem com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas, semelhantes a aftas;

Dificuldade para engolir pela dor e consequentemente muita salivação;

Classicamente pequenas erupções pápulo-vesicular surgem nas palmas e plantas;

As vesículas são ovaladas com formato de “grão de arroz” e podem evoluir com bolhas;

Pode ocorrer também pequenas vesículas nas nádegas e região genital.

 

 

IMUNIDADE:

 

A doença é causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus e outros tipos de vírus;

Não existe vacina;

A transmissão se dá pela via fecal/oral (através do contato direto entre as pessoas ou com a saliva, secreções respiratórias e fezes, ou por contato indireto com alimentos e de objetos contaminados);

A transmissão se da alguns dias antes dos sintomas e ainda é possível transmitir o vírus pelas fezes por até 4 semanas após a recuperação.

 

TRATAMENTO:

 

É uma doença autolimitada que desaparece espontaneamente entre 7 a10 dias. 

Analgésicos, anti-inflamatórios e antitérmicos podem ser usados para controle da dor, da febre e do mal-estar. 

Casos graves podem ser tratados com antivirais

 

CUIDADOS GERAIS:

 

Cuidado para o paciente não desidratar! Ofereça água em pequenos goles;

Ofereça líquidos de preferência gelados;

Cuidado também com a alimentação, pois os pacientes têm dificuldade para engolir; 

Ofereça alimentos pastosos, como purês, mingaus, iogurtes, sorvetes e gelatinas, pois são mais fácies de engolir; 

Evite frutas ácidas (ex. laranja, abacaxi, morango e limão);

Cuidado na hora de escovar os dentes, porque a dor é muito forte;

Lave sempre as mãos antes e depois de entrar em contato direto e indireto com o paciente; 

Não colocar as mãos na boca e depois nos olhos;

Nunca sirva alimentos muito condimentados ou quentes;

Comidas com pouquíssimo sal;

Ao primeiro sinal de desidratação e complicações procure imediatamente o atendimento médico;

Procure sempre o médico para o diagnóstico e orientações.


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