Inspirado na reportagem publicada na edição de sábado (14 de julho) do Jornal da Orla, "Fala, santista!", que trouxe um dicionário com palavras e expressões genuinamente nossas, o empresário Diogo Dias Fernandes Lopes escreveu uma crônica que é a cara de Santos. "Vou usá-lo nos trabalhos que faço como guia de turismo em city tour na cidade", explicou Diogo. Veja como ficou:
Fala, santista!
Eu tava indo pelo canal 2 pra cidade pra ir fazer um vento pra um brother que é lá dos Tambores, passando a ZN, tá ligado? Ele disse que era mó boiada. Dois palitos! Como o cara é classe A, não tive como negar.
Já tinha passado na padoca e tinha rangado uma média, um cará e um café com leite da hora! Paguei 3 mango. Tive que economizar porque a bagulho tá osso!
Foi quando um cara num carro de paulista me deu uma fechada. Fiquei no maior veneno! Dei uma buzinada. Só depois que o farol fechou perto da linha da máquina é que vi que a caranga era cavernosa. O cara começou a acelerar pagando um sapo. Mó goiaba! Tinha um colante grandão, do doce, de uma caveira na porta, daqueles que vendem na banca de baciada. Tu tá ligado? Fiquei cabreiro!
Embaçado, né? Deixei quieto e acelerei.
Depois de ajudar meu brother deixei meu carro na casa do meu velho e fui direto pro Guarú de magrela pra não pagar pedágio. Tá ligado?
Amanhã o tempo vai tá cabuloso! Vamos fazer uma farofada lá no litoral? Pode ser Maresias… Tu cola lá na Joiville às 9 horas? Não vai embaçar, hein? Vai levar um boi que eu vô de carro e vô levar a redonda pra gente bater um lêlê.
Falô!
Valeu, Diogo!
Arte: Jornal da Orla
Foto: Reprodução/Facebook
